A Regional de Saúde de Divinópolis, juntamente com o Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Consórcio Intermunicipal de Saúde de Urgência da Região Ampliada Oeste (CIS-URG), realizaram na manhã desta quinta-feira (07/02), o 1º Seminário Regional sobre Arboviroses. O encontro objetivou discutir protocolo de manejo clínico do paciente para que as equipes de saúde dos 54 municípios da região possam oferecer o tratamento adequado e, assim, evitarem óbitos por dengue.

O Superintendente Regional de Saúde de Divinópolis, Alan Rodrigo Silva, destacou que o Estado trabalha com o plano de contingência, além de administrar a evolução dos casos. “Nós ficamos na retaguarda e, quando aparece um caso grave, buscamos o encaminhamento mais rápido possível, pois nossa preocupação principal  é oferecer  tratamento  oportuno para pessoas que apresentam sintomas e procuram as unidades de assistência à saúde no sistema público ”, ressaltou.

O secretário-executivo do CIS-URG, José Márcio Zanardi, acrescentou, por sua vez, que a Central de Regulação do SAMU 192 já tem conhecimento sobre risco de epidemia por doenças relacionadas às arboviroses na região Oeste. “Nos casos identificados por dengue, zika, chikungunya diagnosticados pelos hospitais e que necessitem  de transferência para um  leito de maior complexidade, nós levaremos imediatamente esse paciente ao destino hospitalar adequado para  evitarmos óbitos", frisou.

Para tratar da situação epidemiológica do Estado de Minas Gerais, a coordenadora do Programa das Doenças Transmissíveis pelo Aedes, da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais, Márcia Ooteman, apresentou  o panorama dos casos prováveis no Brasil, além de uma série histórica da doença de 1985 até 2018. A coordenadora reforçou a importância da notificação para organização do serviço. “O Estado fornece, de forma complementar, os medicamentos para tratamento da dengue que são liberados de acordo com a incidência. Por isso, reforço a importância da notificação dos casos”, destacou a coordenadora.

O controle das arboviroses relacionadas ao Aedes aegypti necessita do envolvimento não apenas do controle vetorial, mas também da mobilização social e assistência à saúde. “Precisamos ter as informações por meio das notificações e rever nossos processos de trabalho, melhorando a qualidade do serviço prestado à população para que possamos intervir de maneira oportuna para o controle do vetor e, consequentemente, da doença", disse a referência em arboviroses da Regional Divinópolis, Magno Santos, em suas explicações sobre a situação epidemiológica da região ampliada Oeste.

O medico infectologista , Guilherme Luiz Milanez,  trouxe para os profissionais de saúde participantes do seminário a abordagem do manejo clínico dos pacientes diagnosticados por dengue e como realizar o dianóstico diferencial para zika e chikungunya, além do fluxo de classificação de risco e a conduta de hidratação dos pacientes.  “A dengue é uma doença dinâmica. Temos que ficar atentos, orientar os pacientes e acompanhá-los. O protocolo pede para avaliá-lo de forma contínua”, explicou o médico.

Para a estudante de enfermagem do município de Itaguara, Alessandra Oliveira, o seminário  foi bastante esclarecedor. Já para o técnico de enfermagem do município de Cláudio, Juliano Ferreira,  o encontro possibilitou perceber o quanto é importante ouvir o paciente, seus sintomas para fazer um bom atendimento.  “É preciso orientá-lo sobre os procedimentos, para que siga o tratamento”, comentou.

Por Willian Pacheco