No final da tarde do dia 05 de novembro de 2015, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) foi acionada pela primeira vez quanto ao rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, que impactou toda bacia do Rio Doce. Aquele que, mais tarde, seria reconhecido como o maior acidente ambiental ocorrido no Brasil registrou, oficialmente, 19 óbitos, 595 desabrigados, 328 desalojados e 32 feridos.

Três anos depois – tanto o meio ambiente, quanto a saúde da população local, ainda sofrem as consequências do desastre. Justamente com o objetivo de avaliar as ações já desenvolvidas até o momento, bem como definir os próximos passos referentes à saúde pública na região atingida, a SES-MG realizou nesta segunda-feira (10/12), na Cidade Administrativa, em Belo Horizonte (MG), uma reunião com profissionais de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) de âmbito estadual e municipal.

Crédito: Marcus Ferreira / SES-MG.

 

De acordo com o subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da SES-MG, Rodrigo Said, mobilizou-se uma grande estrutura inicial para, dentre outras coisas, avaliar os impactos gerais do rompimento da barragem, intensificar a vigilância da qualidade da água para consumo humano e também para traçar estratégias necessárias de socorro às vítimas.

“Essa estrutura se mantém até hoje e nós seguimos acompanhando os municípios prioritários, o que é fundamental para que exista um monitoramento permanente das demandas de saúde pública apresentadas pela população das regiões atingidas”, explica Rodrigo Said. Já a coordenadora de Vigilância em Fatores de Riscos Não Biológicos da SES-MG, Marina Caldeira, destacou a importância da Câmara Técnica de Saúde criada para monitorar o desenvolvimento das ações previstas, relacionadas ao programa de saúde.

“A Câmara Técnica de Saúde é importante para a avaliação dos próximos encaminhamentos possíveis no âmbito da SES-MG, para o estudo de avaliação de riscos à saúde humana e também para promover o acolhimento das comunidades atingidas, ouvindo, dialogando e esclarecendo dúvidas”, pontua a coordenadora.

Realinhamento de ações

Por meio da apresentação das ações desenvolvidas até o momento, os representantes da saúde estadual e municipal puderam discutir e realinhar os fluxos para entenderem melhor quais estratégias adotadas, com o objetivo de seguir acolhendo a população atingida e atender de maneira mais adequada às demandas relacionadas à assistência à saúde da população atingida pelo rompimento da barragem de resíduos de minério na bacia do Rio Doce.

 

Por Fernanda Rosa