A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), em parceria com a Faculdade Ciências Médica de Minas Gerais (FCMMG), o Corpo de Bombeiros e as equipes do SAMUs de Contagem, Santa Luzia e Belo Horizonte participaram nesta sexta-feira, 10/11, de um Simulado do Trauma. A atividade envolveu alunos e profissionais que atuam nos atendimentos pré-hospitalares. Segundo a Coordenadora Estadual de Urgência e Emergencial da SES-MG, Kelly Fortini, o objetivo foi preparar os profissionais e os estudantes para a realização correta dos atendimentos a qualquer vítima de trauma, minimizando potenciais complicações.

Crédito: Marcus Ferreira

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“Trabalhamos os conceitos e as práticas, demonstrando em uma situação controlada como deve ser o atendimento em casos de desastre e traumas. O simulado procurou prevê as situações e planejar os passos necessários em situações que exigem posicionamento rápido e assertivo das equipes de saúde”, explica Kelly.

Simulação

O treinamento simulou a explosão de uma bomba dentro do porta-malas de um carro. A explosão ocasionou um engavetamento entre dois carros e um ônibus. O Corpo de Bombeiros foi acionado para conter o incêndio e o SAMU para realizar o primeiro atendimento médico às vítimas, que foram representadas por atores caracterizados.

Em determinado momento da cena, houve a simulação de pessoas invadindo o local do acidente, representando familiares e curiosos que vão ao local para ajudar ou prestar solidariedade às vítimas. Imediatamente uma equipe de psicólogos foi então acionada para auxiliar o atendimento a essas pessoas.

No 6° período de psicologia, a estudante Ana Beatriz Costa, explica que o papel do psicólogo nas situações de desastre envolve tanto as vítimas e seus familiares, quanto a equipe de profissionais envolvida nos salvamentos. “Nosso papel é amparar as vítimas e os familiares, na sua dor. Percebendo o sofrimento psíquico que atinge às pessoas nessas horas, ajudando-as a controlar as emoções diante do desastre. Também atuamos junto às equipes, buscando minimizar e gerenciar as situações de estresse que atinge aos profissionais”, explica a estudante.

O simulado também previu o encaminhamento hospitalar das vítimas, determinando o fluxo do atendimento de acordo com a gravidade dos traumas. As pessoas foram encaminhadas para as unidades que estavam apoiando o treinamento: hospital Semper, Odilon Behrens, Upa Centro Sul e o Laboratório de Simulação Realística da FCMMG.

Crédito: Marcus Ferreira

Momento de aprendizagem

Os alunos dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Medicina e Psicologia se dividiram para encenar as ações dos socorristas, vítimas e familiares, agindo ao lado dos profissionais do SAMU e do Corpo de Bombeiros de forma ativa na cena da catástrofe.

A coordenadora médica do SAMU de Contagem, Ana Paula Loures Linhares, considera que os treinamentos possibilitam uma experiência enriquecedora para os profissionais e os alunos: “tudo é planejado para transmitir uma cena realista de uma situação traumática ou de desastre. Com isso, o profissional tem possibilidade de compreender os processos de atendimento de urgência, os sentimentos envolvidos nas situações de desastres e os fluxos de atenção estabelecidos”, disse.

Para Caroline Souza Amaral, estudante do 2°período de enfermagem, a experiência possibilita vivenciar uma prática na sua formação acadêmica. “Percebo que em situações envolvendo desastres precisamos ter clareza em relação aos fluxos de atendimento. Compreender as etapas que vão desde aos atendimentos iniciais até o encaminhamento das vítimas ajuda a tornar o serviço mais efetivo, possibilitando salvar mais vidas”, disse.

A Assessora da SES-MG, que atua na Coordenação de Urgência e Emergência, Érica Oliveira Santos, avaliou positivamente o treinamento: “o treinamento profissional em situações controladas e com cenários permite uma aprendizagem mais abrangente. Observamos que os simulados de trauma prepara o profissional para uma atuação cooperada e em condições de responder as diversas situações que possam aparecer”, disse.

Por Juliana Silva

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